
Iniciou-se no domingo o TAEJO Internacional São Mamede Adventure Trail e quisemos saber o balanço que o Director Técnico do mesmo, Bruno Neves, faz desta etapa inaugural dum evento de trail running que tem associado 3 grandes novidades: ser disputado por equipas, a orientação ser inteiramente por GPS e decorrer em autonomia total.
Como correu a primeira etapa?
A primeira etapa realizada a 23 de fevereiro percorreu os trilhos da Serra de São Mamede tendo como base de partida e chegada o excelente complexo do Centro Vicentino da Serra, faz nos pensar que afinal a ideia é acertada e sim vai ser o futuro no trail runnig.
Estiveram 14 equipas presentes foi bom para o inicio de um evento com características singulares?
Sabíamos de antemão pela experiência que temos que não iria ser fácil cativar as pessoas para este tipo de evento dada a sua singularidade e por significar dar um passo no desconhecido e na aventura, mas acho que isso aos poucos com a transmissão da experiência de cada participante vai mudar. A data da primeira etapa também não foi a melhor mas não havia outra, e esta data sabemos que retirou alguma afluência ao evento, mas de certa forma era preferível para que a organização limasse as arestas e pudesse entrar no terreno e resgatar caso as coisas corressem muito mal.
Que equipas estiveram presentes?
Estiveram 14 equipas presentes à partida com diversas características, uns mais rápidos e menos experientes na navegação por gps, outros experientes na navegação, equipas que pretendiam fazer o percurso juntas, equipas compostas por casais e uma equipa só de senhoras sem qualquer experiência em navegação, estavam reunidas as condições para o teste da primeira etapa tanto para as equipas como para nós.
O que tens a dizer do percurso dado que é para ser navegado?
O percurso é maioritariamente em trilhos, com uma dificuldade física e técnica média para que seja acessível a todos. Esta primeira etapa era algo exigente a nível físico e técnico por isso optamos por diminuir a distância de 30 km para 25 km de forma a equilibrar e assim será sempre a metodologia. A nível da navegação também não apresentou grandes dificuldades para quem tem experiência na navegação; para os iniciantes teve algumas mas cada equipa conseguiu sempre resolver a dificuldade e encontrar o caminho certo sem haver qualquer penalização.
Como acompanharam o decurso da prova?
Após todas as equipas partirem (dado que partem de forma faseada consoante o seu Handicap), tínhamos planeado um ponto a meio do percurso para controlo e segurança e esperámos pelos atletas ansiosos pelo primeiro feedback que foi positivo. Verificámos que as equipas vinham bem mais juntas que numa prova normal visto que as partidas são faseadas o que faz com que o pelotão de atletas fique menos alongado.
Qual o balanço desta primeira etapa?
É feito um balanço positivo. Foi transmitido pelos participantes um feedback muito bom à sua participação, o que acreditamos que na próxima etapa será composta por mais equipas. Consideramos como pontos altos o ambiente vivido em todo o evento, a capacidade de navegação das equipas, a presença de duas equipas vindas de Lisboa e por último a organização técnica do ACP e dos seus associados.
O que podemos esperar das próximas etapas?
O mesmo ambiente, trilhos novos e aventura. O ambiente vivido durante a prova e no convívio final é essencial, durante a prova a corrida ou caminhada é diferente de uma prova de trail normal, aqui exige uma maior concentração e envolvência com a natureza de forma a ler o terreno e o percurso a fim de encontrar o caminho certo. As próximas duas etapas provavelmente vão exigir um pouco mais da navegação dado que o local (Serra Fria) é menos utilizado e conhecido pela maioria das equipas, mas isso é algo bom.
Álbum fotográfico de Paula Maurício.






Deverá estar ligado para publicar um comentário.