Filipe Quelhas (AC Portalegre / UTSM) classificou-se em 7.º lugar da Geral (5.º M20) nos 26 Km Trilho de São Tomé finalizado por 134 concorrentes na tarde de sábado, 22, em Ferreira-a-Nova (Figueira da Foz), a 11 m 33 s de Nelson Costa, o vencedor. Na distância mais curta (15 Km) Joana Melo alcançou a 15.ª posição feminina (7.ª F20) entre 36 classificadas com 1 h 56 m 38 s.

Sobre a sua participação na prova o Filipe, como habitualmente, deixou pública na sua página social as impressões pessoais. Foram as seguintes:
“Trail ao final da tarde, permite dormir bem e sem pressa, pequeno-almoço e saímos para a Figueira da Foz, almoçamos por lá, pequena viagem até Ferreira-a-Nova para levantar dorsais, chegamos ao largo da igreja e encontramos ambiente festivo, barracas de comida e bebida, aparelhagem sonora a debitar as modinhas de arraial de verão, a malta da banda preparava o palco para o espectáculo da noite, aparece o amigo José Andrade, explica-nos que a data do trail neste dia é propositado para coincidir com a festa da aldeia, que chatice, à noite vamos ter bailarico.
Como ainda era cedo, fomos estagiar para Quiaios, passeio junto à praia, voltita até às falésias do Cabo do Mondego, na volta paramos para lanchar, aproveitamos para equipar e seguimos para Ferreira-a-Nova, pequeno aquecimento, junto à partida, era camisolas amarelas por todo o lado, lá estava a malta de Poiares, cumprimentos e vamos para o alinhamento.
Avisos e alertas, contagem decrescente e partida, saio rápido, entramos nos trilhos e a areia mostra-se logo, atravessamos trilho pelo meio de árvores, atravessamos jardim com lago, bonito cenário, na frente, atletas que habitualmente correm na estrada, pareciam cavalos, tal o ritmo que impunham, mais atrás seguíamos 3, tentando não perder o rasto, aparece o Pedro Veríssimo da ARSM, vamos algum tempo juntos, mais à frente ele ganha algum avanço e foge, os outros companheiros ficam para trás, vou sozinho quase até ao 1º abastecimento, chega atleta do Clube Atletas Tortos e vai para a frente, no abastecimento trago água, não paro e ultrapasso-o, ele vem logo atrás, alguns metros e aparecem mais dois Tortos, nessa altura era eu e os Tortos, aparece outro atleta, durante algum tempo seguimos os 5 alternando posições, nas pequenas subidas eu ganhava alguma vantagem, mas eram tão pequenas que eles aproximavam logo, o ritmo mantinha-se alto, parecia uma prova de estrada, por volta dos 13,5 km juntam-se os percursos, trilho irregular, acelero para tentar fugir e ganhar algum avanço à malta que ia por perto, metade fica para trás outra metade segue comigo, apanhamos atleta, estradão por entre os arrozais, imagem digna de sunset, verde de um lado, verde do outro, estradão no meio e ao fundo sol brilhava, tão vivo, tão laranja, fantástico.
Continuamos no estradão, atleta dos Tortos acelera e foge, aparece o casario da quinta, onde está o abastecimento, aparece a malta de Poiares e lá está o habitual apoio, malta boa, vou abrindo a garrafa, chego, bebo copo de água, dois para dentro da garrafa e ala que se faz tarde, os aspersores de rega, regam o milho e a malta que passa, entramos na mata e volta a areia, em maior quantidade e durante mais kms, nesta altura já estava lusco fusco, aparece o trilho das raízes espetadas, perigoso, como a malta tinha avisado na partida, abrando, chega outro Torto, mantenho o cuidado, terminam as raízes, acelero e vou atrás dele, sigo a bom ritmo e ele fica para trás, descida para o ribeiro, por baixo da ponte e vários metros dentro do ribeiro, subidita final e lá está a meta.
No fim, depois do banhito, bifana, sopa, arroz doce e cerveja, que maravilha, como a menina não quis lá tive que beber as minhas e as dela, eu não queria, mas lá teve que ser, enquanto uns comiam e bebiam outros recebiam os prémios, salão cheio, ambiente fabuloso, a seguir bailarico na companhia dos turistas que chegaram da Figueira, uns quantos pezinhos de dança e lá viemos para casa felizes e contentes, com vontade de voltar para o ano.”
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